quarta-feira, 12 de agosto de 2009

“Qualidade de Vida”


A algum tempo venho me questionando quanto á esta questão, o que seria para mim “qualidade de vida”? ... logo de cara já diria ser feliz, mas ao aprofundar um pouco mais acabo me perdendo em minhas contradições, mas é para isso que serve a reflexão, não?... e melhor ainda se a tenho descrita, dessa forma acabo criando um conceito e logo meu ponto de vista, minha real opinião.

Realmente não é fácil se parar para pensar nos signos que podem estar incutidos na mesma, porém prefiro me abster desses detalhes e ir direto ao foco... qualidade de vida para mim é ser feliz, simples assim!

E o que fazer para manter essa meta em uma crescente? Faço tudo o que gosto, meu trabalho é meu lazer, meu prazer é minha profissão, faço para viver aquilo que viveria para fazer e finalizando, ganho para fazer o que pagaria para. Creio que esses fundamentos já são um bom começo para poder seguir meu caminho, pra falar verdade, hoje, ao conhecer um pouco mais dos mundos que habitam ao meu redor, só tenho mesmo é muito a agradecer a Deus e concluir que sou um grande privilegiado, pois passei a enxergar também os valores das coisas mais simples, o que infelizmente poucos conseguem ver. Arriscaria ate dizer que meu primeiro ideal de vida se concretizou, viver razoavelmente bem de arte, o que antes para mim não passava de uma bela utopia, isto é, á partir do momento em que resolvi ter como foco, ser artista, ao invés de “famoso”... totalmente contra o fluxo.

Entretanto, a pouco tempo atrás percebi que algo de muitíssima importância faz muita falta hoje, para compor minha extrema felicidade, mas tenho, em algum momento trazer para solidificar minha meta, ser feliz! No momento prefiro adiar pois se faz necessário, porém não por muito tempo... a família! Ás vezes procuro ate abstrair para não interferir muito em meu dia a dia, no sentido de saudade mesmo, por estarem distante. Este realmente é o elemento que falta hoje, para me sentir mais completo, porém como não é possível, me programo para poder, mais á frente, estar ao lado de todos.

Hoje passo por um momento intenso de profissão/trabalho/estudo/qualificação, e tive que abrir mão de muitas coisa para poder crescer, o que acontecerá também novamente quando estiver focado em meu momento amor/lar/família, onde terei de abrir também a mão de certos elementos para tal crescimento, porém nunca da busca da felicidade e da vida artística.

Aos poucos pude encontrar também um outro seguimento para poder construir minha felicidade em forma de PG positiva( progressão geométrica ), á partir do momento que consegui encontrar a felicidade também ao ver/fazer alguém feliz, a coisa mais óbvia e maravilhosa do mundo... precisamos urgentemente de óculos com graus de amor, para que possamos enxergar melhor esses detalhes ao nosso redor.

“ Lembro-me que relacionei á pouco tempo em uma turma a fábula da “Roupa Nova do Rei”, acabei enxergando uma realidade da sociedade, muitos não enxergam todo o ouro vestido por alguns milionários nus que andam nas ruas, realmente somente alguns seres, estes um pouco mais evoluídos enxergaram suas belas vestimentas, e estas sim, são de total valor... tanto que é um tipo de traje que não se compra, pois não há preço que pague, todavia é um traje que se aprende, se cria, se costura linha por linha, botão por botão, pedra por pedra. E como na própria fábula aqueles que não enxergam não param de rir destes "milionários", que simplesmente olham com certa piedade a pobreza da humanidade.”


E a qualidade de vida?

... bom, a minha é constituída por alguns desses ornamentos também,

venho costurando meus trajes lentamente,

sempre que encontro uma nova pedrinha preciosa,

um botão ou um retalho, vou acrescentando em minhas vestimentas,

mas tenho em mente meu traje final sim,

e este vou nomeá-lo...

... “Qualidade de Vida”!

2 comentários:

Naty Löff disse...

Sabe que eu estava pensando nisso esses dias.
Antes eu não morava em um lugar legal não me sentia bem comigo nem com os que me cercavam, mas eu pelo menos tinha o teatro, que foi o que vim fazer para me salvar.
Ao mudar de casa vi que mesmo com uma grande qualidade de moradia o que me impulsiona a ficar aqui é o teatro, é o que me faz feliz dançar, cantar (muito mal diga-se de passagem). Mas muito mais que sobreviver hoje posso dizer que eu VIVO cada dia mais.
Ainda vou sobreviver da arte. Por enquanto vou continuar brincando com ela!!
Beijos

Marcus Dutra disse...

Cara, seu blog é uma tremenda injeção de ânimo para as pessoas... Gosto mto das mensagens que posta aqui, são excepcionais (a do onibus é uma lição). Só tenho a lhe dar os parabéns, faltam pessoas assim hj e lhe desejar mto sucesso na sua carreira. Um abraço, Marcus, 16, Monte Santo de Minas - MG.